Um grito à destruição cega da vida. Retirado do livro «O tempo os Lugares», de 1987.
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ECOLOGIA DESESPERADA
morre a vida
a água morre primeiro
morrem as aves que bebem
a água
morte corrente
a cada um
a radioactividade
o cancro
a que é obrigado
nesta guerra
de extermínio
e rapina
os omos lavam mais branco
mas é preciso gritar
quanto custa
e quando lavam
o que levam
berlim, setembro de 1982
JOÃO COUTINHO E CASTRO, O tempo os Lugares